quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tragédia no entorno

Tragédia no entorno

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Foram preciso 100 dias, intensas buscas, períodos de

incertezas e aflições, para que a família de seis adolescentes

e a sociedade tivessem uma resposta sobre o paradero dos

corpos que desde o ano passado permaneciam na incógnita.

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É imensurável a dor que essas famílias passsaram, o

desaparecimento de uma pessoa gera um misto de

perda e esperança, que só acaba com o fim das buscas,

a grande maioria das vezes, com notícias negativas.

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O pedreiro Admar Jesus Silva, 40 anos, que já cumpriu

pena por pedofilia por 12 anos, foi acusado e réu confesso

da morte dos jovens, e nesse domingo, 11 mostrou à polícia

o local em que estavam os corpos, próximo a Luziânia,

cidade onde moravam os jovens, e bem perto deles Admar.

Era tido como um vizinho discreto, educado, e agora

aponta-se ser um serial killer que interrompeu a vida

desses jovens.

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O pedreiro aliciava os jovens com propostas de trabalho,

e abusava sexualmente deles e os matava. A sedução pelo

dinheiro vinha de encontro com a realidade sócio-econômicas

de jovens no entorno de Brasília, alguns foram impedidos

pela família de aceitar o convite de Admar, e tiveram suas

vidas poupadas.

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A política carcerária no Brasil tem falhas que todos

conhecem, mas as etapas de reintegração na sociedade

voltam em pauta após vermos re-educandos saírem da

cadeia e voltarem ao crime com tudo, até mesmo quando

recebem indultos de feriado, e aproveitam para voltarem

às práticas que os levaram àquela condição.

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O acusado foi solto quando tinha a recomendação

psíquica de acompanhamento, mas como na maioria

das vezes a lei não restringe em nada a vítima após

cumprir a pena, voltamos a casos trágicos como esse.

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A sociedade na maioria das vezes condena os culpados

com mais desejo de vingança que de justiça, constantemente

influenciadas pela mídia. A comoção pública leva a

medidas extremas, como manifestações de lixamento,

de se resolver na violência o que já foi consumado pela

própria violência.

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Paullo Di Castro – Colaborador




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